Pude nesse carnaval levar minha mãe pra tomar um banho de mar.
Havia algum tempo que ela não fazia isso. De repente uma onda veio
e a derrubou, a deixando tonta. Foi o único mergulho dela.
Sentado ao lado dela, pude percebê-la pensativa. Talvez não, mas fiquei
a imaginar o que se passava por àquela cabecinha.
Imaginei que talvez ela pensasse sobre a vida, sua idade, seu equilíbrio,
que com certeza não é mais o mesmo.
E aí, eu viajei sobre a vida. Teorizei sobre os três estágios que vivemos.
O primeiro, infância, adolescência, é o da descoberta, dos sonhos, do prazer sem tanto sofrimento.
O segundo, a fase adulta, quando sabemos até onde os sonhos são reais, descobrimos
do que somos e do que não somos capazes. É a fase do produzir, do fazer acontecer.
E o terceiro, acho que é esse que a mama talvez esteja vivendo. Assim como a infância
descobrimos do que somos capazes, na fase madura, descobrimos as incapacidades,
aliás, aos poucos tentamos nos adaptar as limitações que surgem a cada hora.
Nessa fase que descobrimos que estamos próximos do fim.
E o que fazemos dessas horas, dias, anos?
Viver, viver, bem o fim do ciclo, tentar concluí-lo com chave de ouro.
Ser feliz, por que não, até na hora que acaba o espetáculo.
Te amo mamãe.
Havia algum tempo que ela não fazia isso. De repente uma onda veio
e a derrubou, a deixando tonta. Foi o único mergulho dela.
Sentado ao lado dela, pude percebê-la pensativa. Talvez não, mas fiquei
a imaginar o que se passava por àquela cabecinha.
Imaginei que talvez ela pensasse sobre a vida, sua idade, seu equilíbrio,
que com certeza não é mais o mesmo.
E aí, eu viajei sobre a vida. Teorizei sobre os três estágios que vivemos.
O primeiro, infância, adolescência, é o da descoberta, dos sonhos, do prazer sem tanto sofrimento.
O segundo, a fase adulta, quando sabemos até onde os sonhos são reais, descobrimos
do que somos e do que não somos capazes. É a fase do produzir, do fazer acontecer.
E o terceiro, acho que é esse que a mama talvez esteja vivendo. Assim como a infância
descobrimos do que somos capazes, na fase madura, descobrimos as incapacidades,
aliás, aos poucos tentamos nos adaptar as limitações que surgem a cada hora.
Nessa fase que descobrimos que estamos próximos do fim.
E o que fazemos dessas horas, dias, anos?
Viver, viver, bem o fim do ciclo, tentar concluí-lo com chave de ouro.
Ser feliz, por que não, até na hora que acaba o espetáculo.
Te amo mamãe.
2 comentários:
lindo post. abs!
sensibilíssimo... eu nao sabia q vc podia chegar a isso.. rs
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