domingo, 9 de dezembro de 2007

wherever you go



Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2007. Apesar da distância estou me sentindo cada vez melhor. Não tenho mais sentido àquela dor, que me fazia menor, egoísta. Parece que está bem, como disse um amigo, cada vez mais bonito e eu tenho tanto orgulho... Sinto-me um pai que diz - Eu ajudei a criar-. Que esteja tudo bem aí, com tudo e todos. Os dias aqui tem andado como sempre, sei que o tempo passa, mas não o vejo. Me pego pensando que um dia eu voltarei e se voltar será de vez. Realmente sinto que isso pode acontecer. Planos juntos não foram feitos, mas os laços foram bem dados e não se desfarão. Imagino-me velho, caduco, chato, mas sempre do seu lado, é uma imagem que não consigo desassociar. Estou de férias, longe, mas com vontade de voltar pra casa. Tantas mudanças acontecendo e eu ausente. Realmente um filho dando os próprios passos, acho que você cresceu ainda mais. E na direção certa. Eu cá também faço meus planos que não flutuam mais tão alto. Próxima parada da minha viagem será morar sozinho, no meu próprio lar. Não é só um projeto, é uma meta. Está cada vez mais claro tudo que aconteceu. Durante todo tempo juntos, não evoluímos, não criamos, não adotamos. O amor da sua e depois da minha parte, pareceu bastar. O exigir mais não aconteceu. RSS. Você precisava de um homem e tinha um garoto, o mesmo eu. Ambos perdidos no mundo. Não fomos maduros pra aprender caminhar juntos, crescer juntos. Aprendi me relacionando com alguém bem mais velho, o quanto é cômodo deixar que decidam, pensem por você, te dêem soluções. Descobri que não queria pronto e sim aprontar, como ficaria como seria, e você é meu par nessa jornada não sei ainda como, mais sei. Despeço-me de tantas bobagens e pensamentos meus, agora seus. Seu eterno; Márcio.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

A matéria se esvai


Como o tempo, a matéria

Como a paciência, a paz

Como o dinheiro, as idéias

Como a sanidade, a coragem.



Mas um ano e você não deu certo, você não colheu. Ainda planta, só que rega cada vez menos, pois a cada dia fica mais inacreditável que irá colher futo daquela semente.

Mas continue a regar, pois quando parar, quando deixar de se virar a cada dia pra saber se a semente brotou, você não estará mais lá. Nem a semente, nem o som, nem o pó que se tornará.